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A Fusão DEM/PSL e o cenário local


Depois de meses de negociações, PSL e DEM estão prestes a dar os últimos passos rumo à fusão que vai fazer surgir o maior partido do país. As representações executivas dos dois partidos irão sentar essa semana em Brasília, a ordem é não criar obstáculos e sim favorecer ao jogo do ganha-ganha. Caso avalizem o compromisso, o mesmo deverá ser formalizado em outubro segundo reportagem do jornal O Globo.


O PSL segue rachado desde praticamente o início da legislatura e diversos deputados aguardam apenas o sinal de Bolsonaro, que deverá escolher um novo partido em breve, para fazer a debandada. O partido claro que vai perder votos, mas quem for deixará um “gordo” fundo eleitoral para trás e também um excelente tempo de TV. Diga-se que tempo de propaganda e também um fundo milionário é o que mais fazem brilhar os olhos do DEM.


No Rio Grande o ex-senador, ex-governador José Agripino se coloca como o responsável por comandar essa fusão localmente. A fusão cai no colo de Agripino para ter mais poder na hora de jogar a política no estado, seu partido conta com dezessete prefeituras no RN, contra zero do PSL. Derrotado nas últimas eleições, Agripino agora vai contar com um “caixa” de fazer inveja aos seus amigos políticos. Não à toa, Agripino em entrevistas já vem opinando na candidatura à governo em 2022, tudo para ganhar espaço no tabuleiro e mover as peças. Sua estratégia por agora é manter um discurso ao centro, e assim deixar as portas abertas para mais atores.


O superpartido, com “superpoderes” pode ser decisivo nas estratégias para 2022, sendo decisivo para apoiar e construir a viabilidade de um projeto como o de Carlos Eduardo (PDT) para governador, que a cada dia que passa se distancia de Fátima (PT) e também da direita. Essa união não seria inédita, eles já têm uma certa afinidade de eleições passadas.


Para o senado essa construção ainda deverá ser melhor debatida internamente. O campo da esquerda está sendo ocupado por Jean (PT), o campo da direita tem a disputa interna entre Rogério Marinho (sem partido) e Fábio Faria (PSD), sobrando então a construção de uma terceira via para competir com as forças postas até o atual momento.


Ao que tudo indica a minirreforma eleitoral não deverá ser aprovada no senado e tudo ficará como estava nas últimas eleições municipais, ou seja, sem coligação na disputa para o legislativo. Nesse sentido, Agripino tem muito mais habilidade do que o deputado federal Girão para montar uma chapa capaz de eleger alguém. O General Girão (PSL), deverá sair do partido e seguir para o partido que Bolsonaro escolher, mas essa fusão deve fazer brilhar ainda mais os olhos de Carla Dickson (Republicanos), que já especulava sua entrada na legenda (PSL) para disputa em 2022.


Agora é também aguardar os direcionamentos nacionais. Ao que tudo indica o superpartido tem interesse em ocupar o espaço da terceira via na candidatura à presidente e isso pode mexer nas alianças e apoios locais nos Estados. Mas essas serão cenas para um próximo capítulo.

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