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Assassino de ex-companheira em São Miguel é condenado a 23 anos de prisão


O Tribunal do Júri realizada condenou Paulo Roberto da Silva a 23 anos e nove meses de prisão, pelo assassinato da ex-namorada Renata Ranyelle Almeida. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (15) na comarca de São Miguel. O crime ocorreu em 23 de novembro de 2019 no município potiguar de São Miguel.

A vítima foi morta com um tiro no rosto enquanto estava trabalhando em uma loja de roupas. O assassino chegou a encenar um assalto durante a ação, mas fugiu do local sem levar nenhum pertence.


O réu foi condenado também por ameaça a uma testemunha, tendo sido sentenciado pelo juiz Thiago Mattos de Matos a uma pena total de 23 anos e 9 meses de reclusão, além de dez meses de detenção.


O júri reconheceu as qualificadoras de feminicídio e de motivo torpe, consistente em sentimento possessivo que o réu nutria com relação à vítima. Também foram considerados a premeditação da prática do delito, pois o réu, segundo os depoimentos colhidos, haveria se utilizado de motocicleta empregada na realização de serviços gerais do estabelecimento comercial onde trabalhava, e de uma arma de fogo subtraída do seu empregador, para simular a prática de roubo à loja onde a vítima trabalhava e assim cometer o crime sem levantar suspeitas quanto à autoria.


A sentença registra ainda que Paulo Roberto simulou se mostrar profundamente surpreso, triste e impactado emocionalmente com o crime, indo prestar solidariedade à família por ocasião da internação da vítima em unidades hospitalares de São Miguel e Pau dos Ferros, “revelando uma personalidade deturpada, egoísta e sem qualquer sentimento humanitário”.


O juiz decidiu por manter a prisão preventiva do réu, negando o direito de aguardar o trânsito em julgado da sentença em liberdade. “Os delitos reconhecidamente praticados pelo réu denotam extrema frieza e crueldade, demonstrando o elevado grau de periculosidade do agente, constituindo-se razão objetiva e suficiente a recomendar a manutenção da sua segregação cautelar”, destacou.

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