Ao menos oito pessoas morreram e várias ficaram feridas nesta segunda-feira (20) em um campus universitário de Perm, na Rússia, após um estudante atirar nas pessoas. Ele foi preso.
"Um estudante que estava em um dos edifícios da universidade abriu fogo contra as pessoas ao seu redor", informou o Comitê de Investigação Russo, responsável pelas investigações mais importantes do país.
"Em consequência, oito pessoas morreram e várias ficaram feridas", anunciou o comitê, que também disse que o atirador "ficou ferido durante a detenção, ao opor resistência". Não há detalhes sobre o seu estado de saúde.
O ataque ocorreu por volta das 11h (horário local, 3h em Brasília). Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra um indivíduo vestido de preto caminhando na direção da entrada do prédio e atirando.
Outras imagens mostram estudantes fugindo dos tiros e pulando pelas janelas do primeiro andar de um prédio do campus, que fica na região dos Urais.
Outros ataques Os ataques a tiros em escolas ou universidades eram raros na Rússia, mas se tornaram mais frequentes nos últimos anos.
O país tem uma legislação rigorosa de controle de armas — e tornou-a ainda mais rigorosa devido a esses ataques.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirma que os incidentes são um fenômeno importado dos Estados Unidos e um efeito perverso da globalização.
No o último ataque, em 11 de maio, um jovem de 19 anos abriu fogo contra uma escola de Kazan, no sudoeste do país, e matou nove pessoas.
No mesmo dia, Putin ordenou uma revisão das normas sobre o porte de armas, pois o atirador tinha permissão para o uso de uma arma semiautomática.
Em outubro de 2018, um estudante matou 19 pessoas antes de cometer suicídio em um instituto de Kerch, uma cidade da península da Crimeia, na Ucrânia, que a Rússia invadiu e ocupou em 2014.
Tentativas frustradas Autoridades russas dizem ter desmantelado dezenas de planos de ataques contra centros de ensino nos últimos anos, normalmente planejados por adolescentes.
Em fevereiro de 2020, as forças de segurança prenderam dois jovens de nacionalidade russa, na época com 15 anos, que eram muito ativos em fóruns virtuais com a apologia do assassinato e do suicídio.
De acordo com os investigadores, eles planejavam atacar um centro de ensino em Saratov, às margens do rio Volga, no sudoeste do país.
G1
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