Um bebê sofreu uma queda logo após o parto e precisou levar 11 pontos na cabeça, na Maternidade Sofia Feldman, em Belo Horizonte. A mãe, Josiane Marques Pereira, acusa o hospital de negligência e a Polícia Civil investiga o caso, que resultou em traumatismo craniano.
O parto ocorreu em 6 de maio, mas o caso foi divulgado pelos familiares somente neste final de semana, depois que o susto passou e a recém-nascida recebeu alta do Hospital João XXIII, especializado em traumas, onde precisou passar por cirurgia.
Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, a mãe disse que o atraso no atendimento e a demora excessiva para que fosse prontamente atendida por um médico causaram o incidente.
Josiane alega negligência e afirmou aos policiais que foram 40 minutos de espera e, mesmo tendo avisado que a criança estava nascendo, uma enfermeira teria dito que ela teria que aguardar e depois andar até o quarto.
"Eu via gente entrando e saindo e ninguém me chamava. As contrações foram aumentando e fui perdendo a paciência. Perguntei o por quê da demora e falaram que eu seria a próxima. Entre o estouro da bolsa e ela nascer, foi um minuto. E aí, bateu no chão. É uma cena que nunca vou esquecer", afirmou Josiane em entrevista à TV Alterosa neste sábado (14).
A Maternidade Sofia Feldman, em nota, confirmou que a paciente chegou ao hospital no dia 6, disse que ela foi acolhida imediatamente e classificada como verde (podendo esperar até 2h para atendimento).
"Nesse período, houve uma evolução fora do habitual (50 minutos), culminando com o nascimento da criança de uma forma extremamente rápida, não havendo tempo de preparação da equipe de atendimento para o importunado desfecho".
A nota termina dizendo que "felizmente, a criança foi atendida e direcionada aos procedimentos com o tratamento adequado".
O Hospital João XXIII, para onde ela foi direcionada, confirmou em registro médico que a queda provocou traumatismo craniano, com possibilidade de hemorragia interna no bebê.
Polícia Civil de Minas Gerais disse hoje que a ocorrência foi registrada no dia 8 de maio pelo pai da criança e que o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente.
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