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Covid-19: 70,7%% da população da região do Alto Oeste está em zona de alerta ou de perigo

Diante do agravamento da pandemia no interior, o Governo do Estado convocou reunião com prefeitos das regiões Oeste e Alto Oeste para tratar da adoção de medidas destinadas a barrar a disseminação do coronavírus (Covid-19) nos municípios sob jurisdição da 2ª e 6ª regionais de saúde, reduzir os pedidos de leitos para pacientes covid, que hoje estão na faixa de 100 por dia no Rio Grande do Norte, e conter a média diária de mortes pela doença.

Foto: Reprodução

Os números mais recentes do Indicador Composto mostram que a situação vem se deteriorando nessas duas regiões, apesar do esforço do governo e das prefeituras de ampliar o atendimento aos moradores. O indicador leva em conta, entre outras variantes, a ocupação de leitos críticos e clínicos, taxa de mortalidade e casos ativos da doença.


Segundo a secretária adjunta Maura Sobreira, a partir desta semana, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) vai enviar recomendações aos municípios que estão nas escalas 3, 4 e 5 do Indicador Composto.


A Secretaria vai também reforçar o estoque de oxigênio com o envio de cilindros para as regionais com maior pressão por leitos e está oferecendo curso de capacitação destinado aos profissionais que atuam no atendimento a pacientes em risco de vida.


No Alto Oeste, 70,7% da população está em zona de alerta (amarela) ou de perigo (vermelha); no Oeste, 95,7% estão nessa situação.


"Portanto, é extremamente necessário que os municípios unam forças com o Governo para o cumprimento dos protocolos e dos decretos com medidas restritivas", sugeriu Maura.


Prefeitos e secretários municipais de saúde, presentes à reunião virtual, foram unânimes em lamentar a baixa cobertura vacinal da população e pedir a adoção de medidas mais rígidas, uniformes e urgentes para as duas regiões, onde a taxa de ocupação de leitos críticos era de 100% e havia 29 pacientes na lista de espera por UTI no início da noite desta quarta-feira (19).


O presidente da Associação dos Municípios do Oeste Potiguar (AMOP), Rivelino Câmara, defendeu a publicação de um decreto estadual com foco regional contendo medidas mais duras, capazes de uniformizar os procedimentos. “Não há mais espaço para guerra de decretos”, disse ele.


“Ficou acertado no encontro com os prefeitos que vamos consultar a área jurídica do governo para avaliar a possibilidade de editar um decreto regionalizado, à luz dos dados apresentados hoje”, explicou o secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro, coordenador do Pacto pela Vida. “Todos estão confluindo para a adoção de ações conjuntas de enfrentamento da pandemia”, reforçou Mineiro, que conduziu a reunião.

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