O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou hoje que não será candidato à Presidência neste ano.
"Entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB (...) Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve", disse Doria em um pronunciamento de cerca de dez minutos, após se reunir com a cúpula do partido.
O tucano estava acompanhado de aliados, da esposa, Bia Doria, e do presidente da legenda, Bruno Araújo, com quem se desentendeu recentemente.
MDB, PSDB e Cidadania têm um acordo para lançar uma candidatura única da chamada "terceira via", bloco político que busca viabilidade para tentar derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Conforme mostrou o colunista Tales Faria na semana passada, a pesquisa encomendada pelos partidos, feita pelo Instituto Guimarães, apontou que Doria praticamente não tinha mais espaço para crescer nas pesquisas eleitorais, enquanto a senadora Simone Tebet (MDB) teria uma margem maior. A rejeição do tucano, segundo o levantamento, é mais que o dobro da taxa da emedebista.
Vencedor das prévias internas do PSDB, em novembro do ano passado, o tucano renunciou ao governo paulista em março na expectativa de sair candidato ao Planalto, mas perdeu apoio e foi preterido na disputa pela vaga.
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