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Média de analfabetos no RN é quase o dobro da média nacional

Dados do Censo Demográfico de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para um número alarmante no Rio Grande do Norte: a taxa de analfabetismo no Estado corresponde a quase o dobro da média nacional.

Segundo o Censo, o Rio Grande do Norte possui 13,9% de pessoas acima de 15 anos analfabetas. Os dados do IBGE se referem às pessoas com 15 anos de idade ou mais que não sabem ler e escrever uma carta simples. A média nacional é de 7%.

No Estado, essa porcentagem representa pouco mais de 366 mil pessoas, de um total de 2,6 milhões de pessoas acima da faixa etária mencionada. Destas, na faixa etária de 65 anos ou mais, o número de analfabetos é bem maior, 37,2%, totalizando 129.285 mil pessoas.

A região Nordeste também tem números muito baixos de alfabetização no geral. A média de analfabetismo do estado, no entanto, ficou abaixo da média do Nordeste, que foi 14,2%. A região foi a que teve o índice de analfabetismo mais alto do país.

Natal também se destaca no Censo como a quarta cidade do Brasil, e do Nordeste, dentre municípios com mais de 500 mil habitantes, com mais pessoas analfabetas acima de 15 anos, estando atrás apenas de Maceió (AL), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Teresina (PI). Na capital potiguar, 40.862 mil pessoas acima de 15 anos não estão alfabetizadas, o que corresponde a uma taxa de 6,6% do total.

Mas o que explicaria números tão baixos relacionados à alfabetização no Rio Grande do Norte? O histórico do descaso com a educação ao longo dos anos reflete até os dias atuais nas pessoas mais velhas. Na faixa etária de 45 a 54 anos, o analfabetismo atinge 17,3% e, em pessoas de 55 a 64 anos, o número é de 24,1%. Para a professora, a negligência histórica com a educação afetou todo o país, mas só nos últimos anos, após a redemocratização, a questão da universalização da educação básica ganhou a importância devida. “O nosso atraso educacional é reconhecido como muito grande, e não estou falando nem em comparação com países desenvolvidos, mas com nossos vizinhos aqui, Chile, Argentina, Uruguai”, diz Sandra Gomes.

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