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Quase 1 tonelada de óleo é recolhida de praias após reaparecimentos dos resíduos no RN


O surgimento de vestígios de óleo nas praias do Rio Grande do Norte e de outros cinco estados do Nordeste acende um novo sinal de alerta. Somente na costa potiguar, em duas semanas, quase 1 tonelada já foi recolhida em 12 municípios. O Estado montou um grupo de trabalho para acompanhar o aparecimento de novos fragmentos. A Marinha do Brasil informou que coletou amostras do óleo encontrado no Estado e enviou para análise do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (Ieapm), no Rio de Janeiro.


Por enquanto não há previsão para divulgação dos resultados, mas análises prévias da Marinha feitas com resíduos encontrados em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia indicam que não há relação com o derramamento de óleo registrado no segundo semestre de 2019. Um balanço prévio do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) aponta que 906 quilos da substância poluente foram retirados de 12 cidades litorâneas. Praias de Touros e Maxaranguape também estão no radar, mas não há registro de óleo nestes locais.


A mais afetada foi Nísia Floresta, na Região Metropolitana de Natal, onde o grupo de trabalho retirou meia tonelada de resíduos. Na capital, os profissionais encontraram 40 quilos de “pelotas” de óleo às margens da Via Costeira, do Posto Policial até o prédio do antigo Hospital de Campanha.


Apesar da iniciativa, a subcoordenadora de Planejamento e Educação Ambiental do Idema, Iracy Wanderley, orienta que a população acione os órgãos competentes. “É importante que a população não tente fazer o manejo do material com as mãos porque ele é muito contaminante e pode representar riscos para a saúde. Além disso, a gente pede aos barraqueiros, comerciantes, pescadores que repassem isso para orientar que as pessoas não tenham contato com o óleo”, detalha.


Além do Idema, formam o grupo de trabalho a Defesa Civil, Marinha, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sesap). O coronel Marcos Carvalho, coordenador da Defesa Civil do Estado, diz que está participando de visitas às praias e as primeiras observações têm sido preocupantes. “Está existindo essa recorrência por isso que nos preocupa. Estamos fazendo reuniões de acompanhamento todos os dias”, detalha Carvalho.


A Defesa Civil do Estado é a responsável por coordenar a Defesa Civil dos municípios. Carvalho conta que além de ajudar na remoção dos fragmentos, os profissionais fazem um trabalho de conscientização com banhistas, turistas e pescadores. “Fazemos esse trabalho também juntamente com secretarias de Turismo, Meio Ambiente, Saúde e colônia de pescadores para nos auxiliares no monitoramento. As prefeituras têm que fazer essa remoção porque a competência da limpeza é deles”, conta.


“Estamos cobrindo todas as praias, até Baía Formosa. Orientando todo mundo, estamos fixando cartazes orientativos, sensibilizando pessoas, comerciantes, fazendo aquele corpo a corpo mesmo. É um material altamente contaminante, então as pessoas têm que ter cuidado, não manusear. Hoje estivemos em Rio do Fogo, fazendo esse trabalho junto com a secretaria de Obras, com bombonas de plásticos para fazer o armazenamento correto”, afirma.

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