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Tite diz que ele e jogadores pediram a Rogério Caboclo para o Brasil não sediar a Copa América


Em sua última entrevista coletiva antes da estreia do Brasil na Copa América, o técnico Tite não poupou críticas a organização do torneio e afirmou que tanto ele quanto jogadores e comissão técnica pediram a Rogério Caboclo que o Brasil não sediasse o torneio. De acordo com Tite, o pedido aconteceu antes da proposta ser levada ao governo federal.


Tite disse que eles ficaram “à mercê”, já que após o pedido, o país foi anunciado como sede da competição, em substituição a Colômbia e a Argentina:

— Pedimos antes ao presidente da CBF. Eu pedi, os atletas pediram, o Juninho pediu antes de ela ser definida que ela fosse no Brasil. Antes, nós pedimos antes. Nós fomos leais e pedimos antes. Antes de levar ao presidente da República, ao país, colocamos essa situação que não gostaríamos, pelo respeito, por tudo o que estava envolvendo, por um lado sentimental. Ficamos à mercê, pediram tempo para nós, aí a situação ficou definida e ficamos expostos — comentou o treinador.


Campeonato feito de “forma atabalhoada”

Ao ser perguntado sobre a mudança no regulamento da Copa América, que permitiu que a lista de convocados sofra alterações ilimitadas, Tite criticou a Conmebol e disse que o torneio foi “feito de forma atabalhoada”. A alteração no regulamento foi feita após 12 pessoas da delegação na Venezuela, adversária do Brasil na estreia, terem testado positivo para covid-19.


— Quando um campeonato é feito de forma atabalhoada, rápida, excessivamente como a Conmebol fez, ela está sujeita a essa situação. E vai mudar de novo. Vai modificar de novo. Independentemente do país que fosse — disse.


Apesar das críticas, o treinador alegou que a seleção jogará para conquistar o campeonato e que ao longo da competição, ele dará oportunidades a outros jogadores, sem que o time principal seja desmembrado.


Crise da CBF

Tite também foi questionado sobre se a seleção masculina teria algum tipo de atitude mais contundente contra a denúncia de assédio sexual e moral que o presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, enfrenta. Na sexta-feira, as atletas da seleção feminina postaram um manifesto em suas redes sociais e entraram em campo, em um amistoso contra a Rússia, carregando uma faixa com a frase “assédio não”.


O treinador não afirmou se os atletas da seleção masculino irão tocar no assunto novamente:


— O fato ele é gravíssimo. Assédio não! Eu tenho um respeito a coragem da funcionária por um assunto tão difícil ser exposto. Eu torço para que a Justiça de todos os envolvidos ela venha de uma forma clara e justa.



O Globo

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