Apresentador do Alerta Nacional (RedeTV!), Sikêra Jr., 55, resolveu anunciar em seu programa promoções de produtos de uma ótica de nome Tambaqui. Porém, uma semana depois do primeiro anúncio, ele mesmo revelou que essa empresa não existe.
O apresentador diz ter usado esse artifício para conseguir pegar o contato de pessoas que tem ajudado na desmonetização de seu trabalho na internet e na TV e no consequente afastamento de dezenas de patrocinadores. Tudo aconteceu após a polêmica na qual ele se referiu aos gays como “raça desgraçada”.
“Vocês lembram da Óticas Tambaqui, que anuncia aqui e ontem a gente até sorteou uma agenda? Essa Ótica não existe. Eu criei essa ótica. Isso se chama isca e um monte de lacrador foi para lá, mandando [mensagem] no WhatsApp, dizendo que nunca mais botava o pé nessa ótica”, começou.
Segundo ele, a ideia de criar a fake surgiu durante uma madrugada. Muita gente resolveu mandar mensagens para a tal ótica com repúdio ao que seria um novo patrocínio para Sikêra. O apresentador, então, chamou essas pessoas de “um bando de otários”, “satânicos” e “massa manipulada”.
“O bom é que eu peguei todos os números de WhatsApp, aí fica mais fácil de achar. Agora eu lhe acho. E a gente vai ter que dividir o prejuízo. Você contratando seu advogado já é lucro para mim”, completou.
Sikêra Jr. ficou irritado com o comercial que a rede de fast food Burger King criou para o Dia do Orgulho LGBTQIA+, celebrado em 28 de junho. Criado pela agência David e veiculado apenas na internet, o filme “Como Explicar” mostra filhos de casais homoafetivos contando como são suas famílias.
O apresentador Sikêra Jr. abriu o programa Alerta Nacional de 29 de junho pedindo desculpas à comunidade LGBTQIA+ após perder anunciantes. Ele reconheceu que se excedeu ao xingar homossexuais.
Sikêra Jr. afirmou que não pediu desculpas na segunda (28) porque não era um bom momento devido à repercussão da morte do Lázaro Barbosa, conhecido como o serial killer do DF.
“Tudo que falo nesse programa é de minha responsabilidade. Mantenho a minha palavra. Quem trabalha comigo sabe do respeito que tenho por todos, independentemente da religião, cor da pele, sexo. Desafio qualquer um que me critica a encontrar tantos homossexuais trabalhando na frente e por trás das câmeras”, afirmou.
“Dito isso, eu preciso reconhecer que me excedi. No calor do comentário, posso ter usado palavras que me arrependo, sou humano. Errei, erro e vou errar, quantas vezes já repeti isso aqui? Sou humano. O que eu tenho sofrido com essa situação… ninguém está está imune de errar”, completou.
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