O Ministério da Educação (MEC) quer homologar uma decisão do Conselho Nacional de Educação (CNE) da última semana, que trata sobre a Educação a Distância (EAD) nas universidades brasileiras.
Se a medida prosperar, os cursos de licenciaturas e pedagogia serão oferecidos apenas no formato com 50% da carga horária presencial.
As instituições de ensino reclamam que essa implementação inviabilizará a formação de profissionais de educação. Outro ponto abordado é que os alunos mais pobres, ou que residem em cidades pequenas, serão os mais prejudicados.
O Ministério da Educação chegou a divulgar, no início do mês, uma pesquisa onde somente 450 cursos de ensino superior no formato EAD conseguiram notas 4 ou 5 no chamado Conceito Preliminar de Curso (CPC), ou seja, aproximadamente 26,6% dos cursos analisados.
CPC é uma métrica obtida a partir do desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e dos professores, além de considerar a estrutura física das unidades de ensino. Em contrapartida, informações do movimento “EaD Inclui” evidenciam que cerca de 35% dos municípios só têm acesso ao ensino superior via EAD.
Quanto à formação de professores, o número é ainda mais alarmante. Dentre os 789 mil alunos que ingressaram em cursos de licenciatura em 2022, 81% aderiram à modalidade de ensino a distância, de acordo com o Censo da Educação Superior.
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