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Curso de vulnerabilidade masculina ensina a ser menos ‘macho’


Mão apertando o períneo até dar choque, língua esparramada sobre o queixo e ponta dos dedos fazendo cócegas no cocuruto. Isso tudo com pés paralelos, joelhos dobrados, esfíncter contraído, pélvis para frente, peito estufado e respiração ofegante. A postura é complicada, mas o participante tenta se concentrar para poder desvendar as emoções varonis que habitam.


O curso de vulnerabilidade masculina anunciava o lema “encontre a conexão com você mesmo e com o outro”. As aulas são em mansão com uma edícula, formada por um quarto fechado para dar privacidade às práticas com nudez, e outro envidraçado para as com roupa, em Sumarezinho, bairro de classe média-alta da zona oeste de São Paulo. Dentro da guarita na calçada em frente, o vigia da rua mal desconfiava do entra e sai: “Me falaram que o pessoal aí faz ioga”, disse.


O terapeuta Daniel Bittar, 31, é quem guia o grupo. “Para atingir o estado vulnerável, você tem que se entregar às sensações e às emoções. Permitir ser observado e ser tocado”, instrui, logo no início. No meio dos exercícios, há choros, gritos e até náuseas. Mas nada que chame a atenção dos vizinhos. “Uma vez experimentamos fazer uma catarse no pátio e baixou até polícia, porque foi algo tão intenso que o pessoal achou que estava acontecendo um crime aqui”, lembra Bittar.


Com informações do Terra Brasil Notícias

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